Na Teia do Aranha #62

NA TEIA

 

Salve, pessoal!

Mais uma vez, apresentamos um pensamento sobre um fato que causou balbúrdia no mundo da luta livre nessa semana. Quer saber o que é? Clique abaixo, leia, reflita, comente e debata. Sugestões para outros pensamentos são sempre bem vindas.

Abraços e valeu!

Um Caminho a Percorrer

             Coisas do destino: no dia de ontem, tinha sentado diante do computador e escrevi um pensamento para postar neste mesmo espaço no dia de hoje. Porém, o mundo da luta livre é dinâmico e uma notícia estremeceu esse universo: o de que Darren Young, lutador da WWE, integrante da tag team Prime Time Players (ao lado de Titus O’Neil) se declarou homossexual para um portal de fofocas de celebridades. Segundo suas próprias palavras ao site, ele diz que é feliz sendo assim. Nas primeiras linhas abaixo, uma opinião mais ‘técnica’ sobre o fato.

            É impossível não pensar no pro wrestling como um esporte em que a testosterona quase exala pela tela da televisão ou se derrama pelo ringue a cada combate. Mas, assim como na maioria dos esportes profissionais e na vida, se declarar diferente da maioria em qualquer aspecto se torna um tabu, independente se o quesito é sexual ou de qualquer outro gosto em particular. E é claro e evidente que por trás das cortinas, algumas das estrelas do pro wrestling pela sua história foram ou são homossexuais, e Young foi o primeiro ser dentro do esporte a declarar isso abertamente em carreira ativa.

            Há também a questão de que a empresa para qual trabalha (a WWE) use a sua condição para lucar em cima, o que não será novidade, pois são inúmeros casos da luta livre onde as storylines perpassam pela vida real dos lutadores e, em alguns casos, extrapolavam de tal forma que a rivalidade que deveria ficar apenas nas quatro cordas e/ou no andamento da estória, acabava até em caso de polícia.

            O que me espanta é que o público fique impressionado com algo assim acontecendo, com alguns até mudando de opinião sobre Young apenas por um fato que em nada mudará sua habilidade dentro do ringue. Me impressiona mais é ver que as pessoas ainda discordam dos gostos dos outros de maneira assertiva demais, quase como se mandasse a pessoa deixasse de ser aquilo que ela escolheu ser. Muitas vezes já foi citado neste espaço o respeito que o ser humano deve aprender no berço e usar por toda a sua vida para que faça digno de respeito, mas parece que, para alguns, o caminho para aprender a ter respeito é longo e está longe de acabar.

            É muito saudável que isso aconteça, para mostrar que o esporte que amamos tanto tem uma preocupação mínima em trazer todos os tipos de pessoas para o seu entorno, independente de etnia, credo ou orientação sexual. Não quero endeusar Young pelo fato, por saber que é um bom wrestler e que pode fazer sucesso dentro da empresa sem a necessidade de ter aberto o jogo sobre sua vida pessoal. Mas é um pioneiro no caminho que, não só a luta livre, mas o esporte em geral tem que percorrer, que é o da inclusão e da igualdade. Pois, não basta ser o mais alto, mais forte ou mais rápido, mas também o mais sábio que se possa ser.

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