Na Teia do Aranha #53

NA TEIA

Sim, meus caros. Mais um fim de semana e mais um pensamento. Desta vez por um tema sugerido por vocês que leem essa coluna. Querem saber o que é?  Cliquem abaixo, leiam, reflitam, debatam e aproveitem. Lembrando sempre que, juntos aos comentários, vocês podem deixar suas sugestões para os próximos textos, ok?

Abraços e valeu!

Unidos Venceremos

 

           Todo elemento que seja gerador de entretenimento, não importando o que exiba ou o seu público-alvo, possui algo em comum: tem uma base de fãs. E o fã é um elemento fundamental do entretenimento, pois ele é uma das principais peças que faz toda uma engrenagem girar. Quando um grupo, como o do pro wrestling, cria um grupo de fãs ardorosos, bons críticos e receptivos, acaba sendo o melhor dos mundos. Mas, um elemento pode pôr toda a máquina em colapso, e esse elemento pode se propagar na velocidade da luz, mais rápido do que qualquer olho humano possa ver: o fanboy.

            O fanboy (ou sua variante feminina, fangirl – mas aqui ficará só no masculino, denominando o ente em geral) é aquele ser que, ao encontrar algo que lhe salta aos olhos de imediato ou que esteja em moda naquele instante, procura com todas as suas forças entupir-se de conhecimentos curtos sobre o tema e não admite que outras pessoas saibam mais do que ela sobre determinada questão que ele conheça, usando da crítica como sua arma. E vocês acham que a base de fãs de luta livre escapou dessa?

            Claro que não. E não culpemos a poplarização do esporte a partir da sua transmissão pelas televisões abertas e fechadas ou pela internet, que facilita milhares de pessoas a terem informações da maneira mais rápida possível, mas por dois elementos importantíssimos na construção de uma base de fãs, e que, sem eles, nada aconteceria.

            Primeiramente, a partida por conta dos fãs mais sábios que estão nessa base. “Mas como assim, se nós nem conhecemos o infeliz?”, devem ser o que alguns se perguntam. Mas, se coloquem no lugar de alguém que, por mais que aparente ser rebelede, não conhece nada. Podemos até não ser babás desse pessoal, mas devemos mostrar que as pessoas que estão nesse meio sabem de verdade, opinando coerentemente sobre os assuntos e se divertindo com o grupo. Com um grupo coeso, o fanboy percebe que não poderá ficar ali só de reclamação e birra, mas que será aceito ali no caminhar dele pelo conhecimento do que se gosta, tornando o que ele sabe algo sólido e duradouro.

            A contrapartida é do próprio fã que é novo na situação. Boa parte dos fãs em qualquer coisa nos tempos modernos querem que as coisas estejam na palma da sua mão e se acham muito mais do que são, querendo se colocar acima do bem e do mal. Com isso, acabam perdendo um dos elementos mais legais de se estar em uma base de fãs, que é o trabalho em grupo. Você é um no grupo. Ali, todo mundo sabe e todo mundo aprende. Pegar essa carapuça de superioridade vazia e jogar fora é o melhor a se fazer.

            Criemos grupos de fãs de pro wrestling. Discutamos, opinemos, conversemos, briguemos, peçamos desculpas no final e vivamos as nossas vidas com uma paixão em comum, que move milhares ao redor do globo. Somente assim, é que uma base de fãs forte é feita. E com fãs unidos, os desejos vão longe e se concretizarão.

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