Why so Wrestling? #11 – Prioridades.

Face as obrigações, seja de cunho acadêmico ou profissional, o fã de wrestling e blogueiro encontra um delinear em certa fase de sua vida quando é obrigado a fazer decisões que influenciarão o porvir. Porém engana-se quem julga isto como uma realidade vivenciada apenas por este grupo, decisões se fazem presentes no cotidiano de todo cidadão, até mesmo daqueles que nos entretem nos ringues da luta livre. Como saber se a sua decisão é a mais correta possível?

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A decisão correta nem sempre é a que mais nos convém, na verdade em deveras situações torna-se até mesmo enfadonha, fastidiosa. Algumas pessoas são movidas a involubilidade, não se contentam em levar apenas uma vida e se incubem de erigir uma efígie que pode em diversos ensejos haurir antigos hobbies. E quando um desses é a paixão pela luta livre? É este sentimento livre de qualquer valimento? Seja na vida do fã, como na do entertainer, pelo menos uma vez há de se questionar a asserção de tal. Como pode-se notar no blog ultimamente tem-se um oco da atividade dos demais colegas. A que se atribui tal fato?

Em uma breve reflexão pode-se chegar a conclusão de que hobbies não podem ser tratados como prioridade, pois apesar de amarmos divesos passatempos há de aparecer o momento da decisão. Analisa-se então por quanto tempo a criança interior sedenta pelo ídolo continuará sua rotina de acompanhar ao vivo todos os shows e comentá-los com a mesma frequência. Não se está em dúvida o quanto se aprecia, nem tão pouco se vale a pena manter tal sentimento, outrossim o quanto a manutenção de uma paixão serve de subterfúgio.

Tergiversamos obrigações no passado, verdade, porém hei de que uma ou outra seja irremissível e irrefragrável as vezes, porém consta-se normalidade. Contudo ao passar do tempo muitas tarefas apresentam essa mesma propriedade e sem se perceber o fã passou a abster-se do que fora jacente ao mesmo.  É um processo gradual e se dá com o tempo, e feliz ou infelizmente atinge a todos em certa faixa de idade. Apesar de haver exceções a grande maioria dos adolescentes de até 16, 17 e 18 anos de idade ainda não possuem a gama de responsabilidades ao ponto de necessitarem fazer decisões. Principalmente quando fala-se a respeito dos fãs de luta-livre. Por isto quando tem-se uma transmutação de fases o baque é tão patente.

Há um grupo seleto que é obrigado a fazer decisões tão difíceis quanto os fãs. Enquanto o fã pensa se vale a pena ou não continuar com aquele hobby incessável, há um grupo que quer entrar naquele mundo e serão os futuros lutadores de luta livre, serão os futuros ídolos dos jovens em breve. Quando chega ao ponto de se equiparar a importância das decisões que um fã e que um futuro lutador são obrigados a fazer, pode-se abrir um litígio infinito. Se por um lado é complicado assistir todos os shows como outrora em razão de trabalho e faculdade, que tal imaginar como deve ser afanosa a vida daquele que abre mão do que a grande maioria segue em razão de um sonho acreditando na possibilidade do sucesso em um mar de mil peixes, para não contar o risco de uma lesão correndo o risco de tornar-se coxo.

O wrestling é mais do que um esporte ou um entretenimento, ele vai além do pensamento racional. A denominação me falta no momento, porém apenas os que acompanham tal espetáculo se deparam com situações singulares, e a escolha com certeza é uma delas. Algumas catástrofes ocorrem e a decisão tomada pode se tornar inaudita. Por este motivo deve-se pensar com muita cautela e ponderação, e isto vale para os dois lados da moeda, pois o tempo é um vetor exercido por uma força infinitamente avante.

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Reconheço a dificuldade que se enfrenta diariamente por lutadores do cenário independente, por fãs que se abstem de atividades que podem trazer um benefício maior em relação ao hobby, porém o que concluo é que deve-se haver um critério em cada ação a ser tomada. Havendo discernimento baseado naquilo que você verdadeiramente é e acredita. Um trabalho de reconhecimento pessoal, mesmo que necessite do auxílio de um profissional é mais importante do que parece ser. Entenda que a luta livre não muda, quem muda são os fãs. Seja quantos anos você se exilar do espetáculo, ao retornar as histórias permanecerão, o que se mudará serão os atores. Não fique parado no tempo, lembre-se disto. Veja o mundo ao seu redor e não se prenda a princípios xulos. Não é por acaso que uma situação está ruim, não é por acaso que uma situação está boa. Tudo requer um trabalho babelônico.

Ultimamente tenho andado a par de algumas novidades, assistido uma ou outra Raw, algumas lutas soltas pelo youtube, pois apesar da baixa volatidade da luta livre alguns dos atores hodiernos agradam-me como os de tempos atrás não o fizeram. Porém cheguei a conclusão de que minha prioridade neste momento é outra, tenho uma vida a seguir. Faço essa postagem em tom de esclarecimento aos leitores do blog em nome de todos os outros colegas blogueiros. Peço que compreendam o que se passa. Por falha “estratégica” tem-se a situação atual, mas não deixem de comparecer, a tendência é que todos nós, inclusive você, parem de interagir ao passar do tempo e o momento de tomar rédea à vida chegar. E em um breve futuro seremos todos fãs ilhados e sem contato um com os outros. Por mais que nossa assiduidade esteja menor, ainda assim o contato é importante. Tão verdade é que aqui estou para ainda manter contato com vocês Rumblemaniacs, desde aqueles que acompanham o espetáculo há um mês até aqueles que viram Hogan aplicar o slam mais famoso da história da luta livre e Stone Cold revolucionar a luta livre.

E até mais ver.

5 comentários em “Why so Wrestling? #11 – Prioridades.

  1. Bacana seu texto, jovem…
    Cada um tem um motivo de ir gastando a vontade né…
    Estudos/faculdade/trabalho nunca foi desculpa para eu não postar constantemente por aqui, porque tempo livre pra fazer o que gosta todo mundo tem. Só que tem épocas do ano que, para mim, a WWE e luta livre em geral não empolga mais, tanto que nem to sabendo das novidades do wrestling ao redor do mundo…

    Abraço…

    • Depende muito, eu também acompanho de vez em quando, mas surgem momentos que são complicados de se fazer alguma coisa a sério e continuar com blog.

  2. Apesar do Ricardo querer se achar no texto com diversas palavras classificadas como “difíceis”, o texto tem uma boa mensagem, e aborda um excelente tema.

    Realmente, essa “fase” é complicada, acaba as férias, você não consegue mais seguir o ritmo, ou se adaptar para o resto do ano. Com o tempo, aquilo que era hábito (tanto postar, quanto até mesmo entrar em blogs, assistir shows e afins) deixam de ser, e acaba se tornando algo cada vez mais raro, e até mesmo, massante, tendo em vista que as vezes você o faz por obrigação (seja para postar algo, quanto para não se deixar perder totalmente do contexto atual).

    Eu mesmo me vejo nesse ciclo citado por você no texto, e, infelizmente, não vejo perspectiva de melhora a longo prazo. Mas ok, veremos né hehe.

    • Não tem tanta palavra complicada assim, no mais isso serve para selecionar quem lerá o texto. Quem está passando por um período como o citado tem bagagem para ao mínimo entender a ideia do texto. Quem tem seus 14 anos de idade, mesmo que leia, não entenderá o que realmente significa mesmo que eu desenhe, então que eu faça logo uma seleção.

  3. Seu texto é uma carta de alforria para alguns blogueiros que engressarão nessa vida de faculdade e trabalho. Acabei de fazer uma postagem no blog, explicando o motivo de minha ausência inspirada no seu texto. Estou no terceiro ano, só estou começando e já estou sentindo a pressão, mal consigo assistir os shows, muito menos postar, mas pretendo continuar no blog o máximo possível, pois esse é a nossa ponte para mundo do wrestling, e por mais que eu tenha que pendurar tudo isso, também não posso esquecer. Belas palavras cara 😀

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